Um dos encaminhamentos mais comuns ao Gastropediatra é relacionado ao hábito intestinal e, na maioria das vezes, a queixa principal é a dificuldade para evacuar, a chamada constipação intestinal.
Durante a quarentena, praticamente todas as crianças tiveram sua rotina alterada, muitas desregularam a alimentação, pararam a prática de atividade física, aumentaram o tempo de tela e a constipação veio como consequência.
A principal causa da constipação é funcional, ou seja, não existe algo orgânico associado e sim fatores moldáveis, como alimentação, atividade física, comportamento e rotina.
Sabe-se que a alimentação é o maior fator contribuinte para a modulação do ritmo intestinal, e que o consumo de fibras, hortaliças, leguminosas e frutas está diretamente relacionado ao bom funcionamento do intestino. Assim como o consumo de água, que torna as fezes mais hidratadas e macias, deixando a evacuação mais fácil e sem dor. Já a atividade física diária estimula os movimentos peristálticos e garante o ritmo intestinal regulado.
O comportamento retentivo (“prender o cocô”) pode ser um obstáculo a ser enfrentado, principalmente porque a criança faz da evacuação sua rival, porem com a modulação da dieta e o hábito de treinar a criança a evacuar todos os dias, principalmente após as refeições, criando uma rotina, podem ajudar na resolução do problema.
Lembrando que as evacuações devem ser um hábito e não uma obrigação, e caso a mesma persista ou se torne um problema, não deixe de procurar o especialista.
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Dra Vilma Coan CRM 174.634,
( Médica formada pela PUC-SP, Pediatra e Gastroenterologista Infantil formada pela Santa Casa de São Paulo)